quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Métodos Contraceptivos

O único método cem por cento eficaz para evitar a gravidez é a abstinência, isto é, não ter relações sexuais. Mas os métodos contraceptivos ajudam a prevenir a gravidez não desejada, permitindo a vivência da sexualidade de forma saudável e segura.

Qual o método contraceptivo mais eficaz?
O grau de eficácia varia de método para método. Em alguns casos, como a pílula e o preservativo, o grau de eficácia depende, também, da forma mais ou menos correcta e continuada de utilização do método.
Por exemplo, há alguns factores que devem ser ponderados e analisados pelo médico ou profissional de saúde, como, por exemplo, a idade e o estilo de vida, se tem ou pretende ter mais filhos, o estado de saúde em geral, a necessidade de protecção contra infecções de transmissão sexual, etc.

Pílula
A pílula contraceptiva é um método que, através da acção hormonal, inibe a ovulação evitando assim a gravidez.
Existem dois diferentes tipos de pílula:
-Pílulas combinadas (que contêm estrogéneo e progesterona).
-Pílulas progestativas( que contêm apenas progesterona).
*Combinada: (COC): 0,1-1 gravidezes por ano em cada 100 mulheres.
*Progestativa: (POC):1,15 gravidezes por ano em cada 100 mulheres.

Contracepção hormonal injectável
Tal com a designação indica, trata-se de um método contraceptivo que consiste numa injecção intramuscular profunda de uma solução aquosa contendo acetato de medroprogesterona (DMPA). A solução vai-se introduzindo lentamente na corrente sanguínea e, à semelhança da pílula, previne a ovulação. Cada injecção tem um efeito até 3 meses (12 semanas).
A utilização da contracepção hormonal injectável deve ser indicada quando é necessário um método de elevada eficácia e, por razões médicas, não é recomendado o uso da contracepção oral (pílula) ou o Dispositivo Intra-uterino (DIU).Assim, este método contraceptivo tem um elevado nível de eficácia 0,0 a 1,3 gravidezes por ano em cada 100 mulheres.
Este método é bastante discreto e prático na sua utilização, uma vez que não interfere na relação sexual e não obriga à toma diária.



Adesivo
Trata-se de um adesivo fino, quadrado, confortável e fácil de aplicar. O adesivo transfere uma dose diária de hormonas, o estrogéneo e progesterona, através da pele para a corrente sanguínea. Estas hormonas são similares às produzidas pelos ovários e usadas também nas pílulas contraceptivas.
O adesivo funciona, assim, de duas formas:
- Impede a ovulação (libertação do óvulo) e torna mais espesso o muco do colo do útero, dificultando a entrada dos espermatozóides.

Dispositivo intra-uterino (DIU)
O DIU é um pequeno dispositivo de plástico revestido com fio de cobre que é inserido no útero. O DIU impede a gravidez através da alteração das condições uterinas e funcionando também como uma barreira aos espermatozóides. A inserção é feita numa consulta médica, podendo permanecer no útero durante vários anos.
Este dispositivo está indicado para mulheres que pretendem uma rápida recuperação dos níveis de fertilidade, para quem tolera alterações na menstruação (fluxos menstruais abundantes e prolongados), etc. No entanto, este método não protege de doenças sexualmente transmissíveis.


Preservativo masculino
O preservativo constitui uma barreira à passagem do esperma para a vagina durante o coito. Quando usado correctamente, para além de ajudar a prevenir a gravidez, é um método que diminui o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis. A eficácia deste método depende da forma como se procede à sua utilização. Caso este rebente, existe aí o risco da passagem de espermatozóides, podendo ocorrer assim uma gravidez.



Preservativo feminino
O preservativo feminino tem a forma de um tubo feito à base de silicone com um anel na extremidade. Deve ser introduzido na vagina antes da relação sexual. Depois da ejaculação, o preservativo retém o esperma prevenindo o contacto com colo do útero, evitando a gravidez. O preservativo feminino protege contra as DST e deve ser indicado em situações de ejaculação precoce.


Diafragma
O diafragma é um dispositivo de borracha com um aro flexível que se introduz na vagina. Quando correctamente introduzido previne o contacto do esperma com o colo do útero, funcionando como meio eficaz de contracepção, não interferindo no acto sexual.

 Anel vaginal
O anel vaginal é um método contraceptivo hormonal feito de plástico, transparente e flexível. É colocado pela própria mulher na vagina e deve ser mantido durante 3 semanas, parando durante 1 semana (ciclo de uso), período durante o qual vai libertando estrogéneo e progesterona, hormonas que ao entrar na corrente sanguínea inibem a ovulação, à semelhança da pílula.
Este método contraceptivo não interfere, assim, no acto sexual, sendo considerado um método reversível.

Métodos cirúrgicos
Os métodos cirúrgicos ou de esterilização voluntária visam bloquear os canais que, no homem ou na mulher, são responsáveis pelo contacto entre o esperma e o óvulo potenciando a ocorrência de uma gravidez.
Como se tratam de métodos potencialmente irreversíveis, ou de carácter permanente, estão indicados apenas para quem está seguro da decisão de não querer ter mais filhos.
-Laqueação de trompas

A laqueação de trompas é um procedimento cirúrgico que consiste na oclusão bilateral das trompas de Falópio, impedindo assim que os espermatozóides entrem em contacto com óvulo.
Trata-se, assim, de um método seguro e eficaz, que nada interfere com o acto sexual nem com a amamentação. No entanto, não protege das doenças sexualmente transmissíveis (DST).



-Vasectomia
A vasectomia é uma operação simples que consiste no corte dos canais deferentes responsáveis pelo transporte dos espermatozóides que são expelidos durante a ejaculação, não afectando o desempenho sexual do homem.



Espermicidas
Os espermicidas são compostos por substâncias que eliminam a mobilidade dos espermatozóides. Podem apresentar-se sob a forma de creme, gel, espuma ou comprimidos vaginais. O espermicida deve ser introduzido na vagina até 1 hora antes da relação sexual.
É um método de fácil aplicação, controlado pela mulher, mas que, no entanto, tem uma eficácia limitada podendo a sua acção ser melhorada se combinado com outro método contraceptivo.



Abstinência periódica / Auto-controlo da fertilidade
A abstinência periódica resulta do auto-controlo dos níveis de fertilidade do ciclo menstrual da mulher. A eficácia deste método depende do envolvimento e disciplina do casal e do conhecimento rigoroso do funcionamento do corpo da mulher e do seu período fértil.
Existem 3 diferentes métodos de controlo da fertilidade:
O método de calendário permite calcular os períodos férteis através de uma contagem dos dias de duração de um ciclo menstrual.
Método das temperaturas basais
Através do método das temperaturas basais, o período fértil é calculado pela medição da temperatura, determinando o aumento de temperatura pós-ovulatória.
Relativamente ao método do muco cervical, consiste na verificação das características do muco cervical que mudam consoante o grau de fertilidade.

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